México solicitou a extradição de Ismael "El Mayo" Zambada dos EUA desde que ele foi preso: Gertz Manero
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CIDADE DO MÉXICO (apro).- O procurador-geral Alejandro Gertz Manero disse que o México solicitou a extradição de Ismael "El Mayo" Zambada dos Estados Unidos desde que ele foi preso e sequestrado no México porque há mandados de prisão, mas as autoridades norte-americanas não responderam.
"Iniciamos um processo por uma série de crimes, o crime de sequestro, transporte ilegal, todas essas condutas são puníveis, mas não iniciamos apenas esse processo... iniciamos um processo de extradição perante as autoridades norte-americanas para essa pessoa que tem três mandados de prisão em vigor, é uma obrigação, não só a apresentamos imediatamente, como o Departamento de Estado norte-americano reconheceu que já a tem e não tivemos uma resposta (...) A resposta obrigatória foi cumprida de forma integral e dentro do marco legal", disse Gertz Manero.
Mayo busca acordoIsmael "El Mayo" Zambada está disposto a aceitar um acordo judicial se isso significar que os promotores não buscarão a pena de morte, disse seu advogado à agência de notícias Reuters.
"O Sr. Zambada não quer ir a julgamento e está disposto a aceitar a responsabilidade por uma acusação que não acarreta pena de morte", disse o advogado Frank Perez.
Em sua edição de fevereiro, o Proceso informou que Zambada García estava negociando um acordo com o governo dos Estados Unidos para se tornar uma testemunha protegida cooperante do Departamento de Justiça, a fim de auxiliar em suas operações e estratégias contra cartéis de drogas e corrupção política no México.
Em 25 de julho do ano passado, em um ato que permanece inexplicável até hoje, Zambada García (que nunca foi preso por nenhuma autoridade mexicana), junto com Joaquín Guzmán López, um dos filhos de Joaquín el Chapo Guzmán Loera, chegaram em avião particular ao aeroporto de Santa Teresa, Novo México, onde agentes da DEA já o aguardavam para prendê-lo.
No momento de sua prisão, Zambada García tinha cinco mandados de prisão emitidos contra ele por diferentes juízes federais mexicanos, um deles para fins de extradição para os Estados Unidos.
Os antecedentes criminais de Zambada remontam à década de 1990, apesar de ele ter se envolvido com o tráfico de drogas durante décadas, pois, segundo depoimentos e documentos de inteligência, o chefe era conhecido por não ser ostentoso o suficiente para passar despercebido.
Em seu encontro com o fundador do Proceso, Julio Scherer García, o chefão dos chefões reconheceu que sua captura teria acontecido há muito tempo se ele estivesse se exibindo como outros traficantes fazem em festas e locais públicos.
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